O vácuo máximo alcançado por uma bomba de vácuo de anel líquido depende, dentre outros fatores, da tensão de vapor do líquido auxiliar à temperatura de bombeamento. Entretanto não se pode alcançar o vácuo máximo correspondente a esta tensão de vapor sem que o líquido entre em ebulição.
Assim, se quisermos alcançar o vácuo mais elevado do que aquele conseguido pela tensão de vapor do líquido auxiliar, é necessário montar entre a bomba e a aspiração um sistema de compressão operando em outro princípio.
Para bombas de alto vácuo, a OMEL desenvolveu um ejetor a gás, que apresenta entre outras vantagens de funcionamento a não utilização de energia externa, pois utiliza a diferença de pressão existente entre a atmosfera e a tubulação de aspiração da bomba.
Observação: O ejetor pode ser fabricado em outras ligas, sujeito a consulta.
A OMEL produz cinco tipos de ejetores a gás com diferentes características e adequados para uso em conjunto com determinados modelos de bombas de vácuo conforme indicado na tabela a seguir.
Modelo | Bomba OMEL (Linha BLN) |
Vácuo Máx. Fechado |
Temp. da água de alimentação |
RPM |
---|---|---|---|---|
EBLN05-A | 230/200 | 1 ~ 2 Torr | 15ºC | 1750 |
EBLN05-A | 250/160 | 1 ~ 2 Torr | 15ºC | 1750 |
EBLN05-A x2 | 230/240 | 1 ~ 2 Torr | 15ºC | 1750 |
EBLN05-A x3 | 380/300 | 1 ~ 2 Torr | 15ºC | 1150 |
EBLN05-A x3 | 380/400 | 1 ~ 2 Torr | 15ºC | 880 |
EBLN02 | 185/80 | 4 ~ 5 Torr | 15ºC | 1750 |
EBLN02 | 185/120 | 4 ~ 5 Torr | 15ºC | 1150 |
EBLN03 | 230/120 | 3 ~ 4 Torr | 15ºC | 1150 |
EBLN04 | 230/120 | 3 ~ 4 Torr | 15ºC | 1750 |
EBLN03 | 230/120 | 4 ~ 5 Torr | 15ºC | 1150 |
EBLN05 | 230/200 | 4 ~ 5 Torr | 15ºC | 1740 |
EBLN04 | 250/240 | 4 ~ 5 Torr | 15ºC | 1740 |
EBLN04 x2 | 250/160 | 4 ~ 5 Torr | 15ºC | 1740 |
EBLN04 x2 | 250/240 | 4 ~ 5 Torr | 15ºC | 1150 |
EBLN01 | 185/80 | 7 Torr | 30ºC | 1150 |
EBLN02 | 185/80 | 10 Torr | 30ºC | 1740 |
EBLN02 | 185/120 | 12 Torr | 30ºC | 1150 |
EBLN02 | 185/80 | 7 Torr | 30ºC | 1740 |
EBLN02 | 230/120 | 8 Torr | 30ºC | 1150 |
EBLN04 | 230/120 | 11 Torr | 30ºC | 1750 |
Notas
a) Tabela apenas indicativa. Favor consultar para maiores detalhes.
b) A denominação “x2” no código do modelo do ejetor indica que dois ejetores são montados em paralelo
De forma simplificada podemos descrever o modo de funcionamento do ejetor da seguinte forma:
Ilustração da Operação de um Ejetor
Durante o funcionamento, reina na aspiração da bomba de vácuo desde a saída do ejetor, um vácuo determinado.
Devido à diferença de pressão existente entre este ponto e a atmosfera, uma certa quantidade de ar externo é aspirada (venturi de entrada do ejetor). O venturi de entrada de ar atmosférico tem o efeito de aumentar a velocidade deste ar provocando um fluxo supersônico no venturi da saída. A velocidade conseguida é correspondente à pressão mais baixa que se deseja obter.
O venturi foi calculado de maneira que, para uma pressão absoluta de 40 torr ao nível da bomba, o ejetor dê uma pressão residual igual a 5 torr.
O gás de processo aspirado se mistura ao gás motor no venturi de saída. O venturi de saída possui um difusor cuja função é diminuir a velocidade desta mistura produzindo uma elevação da pressão até 40 torr, conforme citado anteriormente.
Cada ejetor é especificamente projetado e construído de modo a obter o máximo de desempenho quando acoplado a uma determinada bomba de vácuo.
Se a capacidade da bomba diminui devido a, por exemplo, uma elevação da temperatura do líquido auxiliar, desgaste das peças, redução da rotação ou então, pela utilização de um líquido auxiliar onde a tensão do vapor é mais elevada que a da água, o desempenho obtido se reduz tanto do ponto de vista da pressão absoluta conseguida quanto da capacidade. Ao contrário, se a capacidade da bomba aumenta, a combinação não faz aparecer qualquer ganho sob o ponto de vista de capacidade.
Num ejetor OMEL, as seções são calculadas de tal modo que se obtenha à direita da tomada do venturi de entrada, uma velocidade igual à do som, onde a quantidade de ar aspirado é invariável.
Leia mais sobre EJETORES neste artigo técnico publicado da seção Escola de bombas:
Como aumentar o vácuo de uma bomba de anel líquido »