Várias tecnologias são utilizadas num processo industrial para obtenção de vácuo, mas vamos tratar especificamente do vácuo gerado pelas bombas de vácuo de anel líquido.
O princípio de funcionamento destas bombas é similar e clássico apesar das diferentes formas construtivas e de diferentes modelos. Expomos abaixo este princípio com mais detalhe.
As bombas de vácuo retiram gases ou ar, de um determinado processo, onde se deseja pressão abaixo da atmosférica. O vácuo gerado movimenta o fluido do processo inclusive se houver sólidos em suspensão. Além do ar é possível retirar outros tipos de gases para geração do vácuo, desde que esse gás seja compatível com o processo e com a bomba.
A remoção contínua do ar ou gases faz com que a pressão nesse volume de controle seja gradativamente reduzida. Esse é processo básico de se criar vácuo. Como consequência, a retirada de massa desse volume torna-se cada vez mais difícil. Para que o processo de geração de vácuo seja eficiente, as bombas de vácuo precisam trabalhar em uma grande faixa de pressão. Para solucionar essa questão existem diferentes tipos de bombas de vácuo desenvolvidas para operar gerando: baixo vácuo (pressão final alta), médio vácuo (pressão final media) ou alto vácuo (pressão final baixa). Além disso as bombas de vácuo podem ser utilizadas de forma independente ou em série para diminuir a pressão e a vazão no bombeamento.
Outro detalhe importante e vantajoso para a indústria é que as bombas de vácuo podem ser configuradas para trabalhar como um compressor.
As bombas de vácuo de anel líquido são bombas de deslocamento positivo, que fornecem baixo e médio vácuo para diversos tipos de aplicações em processos dos mais variados segmentos industriais. Pode se dizer que é o tipo mais versátil de bomba de vácuo.
Esse tipo de bomba industrial conta com um sistema de sucção conhecido como anel líquido que utiliza água ou outro fluido compatível que atua como líquido selante principal.
Um impulsor montado excentricamente rotaciona em uma carcaça preenchida parcialmente com o fluido de operação. As palhetas do impulsor mergulham no fluido e a força centrífuga exercida pela rotação delas forma o chamado anel líquido dentro da carcaça. O ar é aspirado como consequência da diminuição de pressão da câmara de vácuo em uma determinda região e entra na bomba pela válvula de sucção. O ar é então absorvido e aprisionado em uma câmara do sistema de anel líquido e, em seguida, em outra região é direcionado para a saída, conhecida como descarga. O meio bombeado é transportado nos espaços entre as palhetas e o anel líquido. A rotação excêntrica do impulsor altera o volume desses espaços e desta forma, o gás é aspirado, comprimido e expelido.
As bombas de vácuo de anel líquido podem ser operadas como um sistema de fluxo contínuo simples ou como um sistema de recirculação parcial ou total.
No dimensionamento de uma bomba de vácuo é importante considerar a vazão da bomba, que é o volume deslocado por unidade de tempo, e o diferencial de vácuo que determina qual é a pressão final do espaço a ser evacuado.
Para a correta especificação, deve-se levar em conta também a compatibilidade química entre os materiais construtivos da bomba e os gases que serão evacuados. Estes gases podem atacar quimicamente a carcaça e os internos da bomba. A escolha correta do modelo e especificações técnicas e materiais construtivos da bomba de vácuo é muito importante para garantir o melhor rendimento e eficiência da bomba na linha, reduzir custos com manutenção não programada e aumentar a vida útil do equipamento.
As bombas de vácuo de anel líquido podem ser fornecidas nas versões de estágio único, onde a compressão é feita uma vez ou nas versões duplo estágio, onde o meio bombeado é comprimido novamente para permitir o alcance de níveis de vácuo maiores. Além disso é possível utilizar as bombas de vácuo de anel líquido de forma isolada ou em série para aumentar a capacidade de bombeamento.
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